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A Habitação é um dos desafios transversais a todos os municípios da Área Metropolitana de Lisboa, e a Amadora não é exceção

No município da Amadora, a habitação, os transportes públicos e as questões ambientais estão na linha da frente para a autarquia. A cultura também tem novos desafios.

1. Entre outras realizações culturais, a Amadora é conhecida pelo Festival  Internacional de Banda Desenhada. O que a autarquia destacaria nos últimos anos em prol da cultura?

O Amadora BD é o principal festival de banda desenhada em Portugal, realizado anualmente na cidade da Amadora desde 1990 e, por isso, o grande evento cultural da nossa cidade. Com 35 edições já realizadas, este evento celebra a nona arte através de exposições, workshops, debates e sessões de autógrafos, reunindo autores, editores e entusiastas da nona arte. E, sendo a Amadora a capital portuguesa da Banda Desenhada, estamos a trabalhar na criação de um museu dedicado a esta arte, pelo que está no nosso horizonte a construção do Museu de Banda Desenhada, uma meta importante para a cidade. Destacamos ainda o Roteiro de Arte Urbana, através do projeto “Conversas na Rua”, a autarquia tem promovido intervenções de arte pública mural, envolvendo artistas nacionais e internacionais. Até à data, contam-se já 62 intervenções artísticas sob a alçada deste projeto.

2. Com uma população de mais de 170 mil cidadãos, uma das maiores cidades do país, quais têm sido os maiores desafios da câmara no âmbito da Área Metropolitana de Lisboa?

A habitação é um dos desafios transversais a todos os municípios da Área Metropolitana de Lisboa, e a Amadora não é exceção. Há uma necessidade contínua de apoiar famílias com dificuldades económicas no acesso e manutenção da habitação. Programas de apoio à renda e outras iniciativas sociais são essenciais para prevenir situações de precariedade habitacional. Por isso, a Câmara Municipal da Amadora tem encarado a habitação como uma prioridade, pelo que a construção de habitação pública municipal para arrendamento apoiado vem permitir dar resposta às várias carências existentes no concelho. As questões dos transportes públicos, mobilidade e estacionamento são outro dos desafios de um território com 171 mil habitantes em apenas 24 km². A operação da Carris Metropolitana e a implementação do Passe Navegante têm sido uma mais-valia nesta matéria. A par, temos trabalhado na integração eficiente de diferentes meios de transporte público, incluindo metro, comboio e autocarros.

3. Independentemente de quem conquistar a câmara, quais deveriam ser as prioridades do próximo mandato?

A construção de habitação pública e o apoio ao arrendamento devem continuar a ser prioridades para cumprir a premissa de apoio à nossa população. As questões ambientais, nomeadamente a adaptação às alterações climáticas, desenvolvendo planos de adaptação para enfrentar fenómenos climáticos extremos, bem como o aumento da reciclagem onde, apesar dos esforços atuais, é necessário intensificar a reciclagem e a redução de resíduos, promovendo a economia circular e a diminuição do desperdício. É preciso também continuar a investir em instrumentos de apoio ao trabalho das forças de segurança. Na saúde, e não sendo exclusivamente competência municipal, urge a necessidade de continuar a investir na construção e requalificação dos centros de saúde, criando melhores e atrativas condições de trabalho dos profissionais de saúde e proporcionar melhores condições de atendimento para os utentes.

Vitor Ferreira

Presidente da Câmara Municipal da Amadora